Se em algum momento da moda a nostalgia virou piegas (e foram vários), Maria Grazia Chiuri acaba de ressignificar a palavra – e ela não se arrepende! Afinal, o desfile da Dior que aconteceu nesta terça-feira (28.02), em Paris, terminou ao som de “Non, je ne regrette rien” (“Não, eu não me arrependo de nada”, frase que virou até estampa de camiseta), o hit de Edith Piaf que dominou as rádios francesas nos anos 1960.
Mas referências da coleção, nessa temporada, começaram mais cedo. Da década de 1940, quando Christian Dior fundou sua maison, a diretora criativa recuperou a silhueta do New Look em uma série de saias, item que dominaram a coleção. As estampas foram várias: do mapa de Paris (como o que monsieur Dior guardava em seu ateliê) à de leopardo, em uma ode à Mitzah Bricard, musa da casa que adorava o animal print.
Além da silhueta feminina romântica, os designs passaram também pelo visual moderno introduzido por Yves Saint Laurent na casa, no fim dos anos 1950. Aqui, Maria Grazia reproduziu até mesmo uma versão da icônica jaqueta em couro de crocodilo que YSL lançou em 1960.
De Marc Bohan, sucessor de Yves, vieram referências às modas brilhantes e cheias de bordados e aplicações que conquistaram as divas de Hollywood – e houve até mesmo estampas florais estilizadas que evocaram a era recente de Raf Simons na marca.
Com tantas referências ao passado, também não faltou a mão da própria criadora. Na instalação artística que rodeou a passarela, a assinatura era da artista portuguesa Joana Vasconcelos, nos moldes das colaborações femininas que Maria Grazia sempre privilegia.
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