Esperamos nossa vida inteira para aquele momento cinematográfico de um beijo icônico – ele pode ser na chuva, de ponta-cabeça, nos braços de um galã… Há, com certeza, mais de 1 milhão de maneiras de fazer com que esse final feliz de um longa-metragem hollywoodiano vire realidade.
Nesta quinta-feira (13.04), é comemorado o Dia do Beijo e a Bazaar achou que não havia jeito melhor de celebrar senão trazendo alguns dos “selinhos” mais memoráveis do cinema. Veja a nossa lista:
Tobey Maguire e Kirsten Dunst em “Homem-Aranha” (2002), de Sam Raimi
Por mais que um tanto perigoso e zero prático, esse beijo entre o super-herói e sua amada ficou para a história como uma das cenas mais romanticamente radicais do cinema. Ele inclusive já foi copiado em outras obras do audiovisual, com na série adolescente “The OC” (que foi quase tão icônico quanto o original). Impossível não celebrar o momento em que Mary Jane retira a máscara do Homem-Aranha para beijá-lo de ponta-cabeça, cena que está logo de primeira em nossa lista. Como já dizia o filme, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.
Kevin Costner e Whitney Houston em “O Guarda-Costas” (1992), de Mick Jackson
“O Guarda-Costas” conta a história de amor entre uma estrela da música e seu segurança. Com esse ideal de proteção sempre pairando sob os dois protagonistas, a intensidade é algo que está toda hora presente na narrativa – e o grande beijo não poderia ser diferente (afinal, acontece ao som de “I Will Always Love You”). A tensão que antecede o beijo vai ganhando força ao longo do filme, fazendo com que todos os espectadores queiram pular de suas cadeiras de tamanha emoção quando ele finalmente acontece.
Selma Blair e Sarah Michelle Gellar em “Segundas Intenções” (1999), de Roger Kumble
“Você nunca treinou beijar com as suas amigas?”, pergunta Kathryn (Sarah Michelle Gellar) para Cecile (Selma Blair). Assim como o título do filme indica, o beijo entre as duas meninas está repleto de segundas intenções malignas. Mesmo assim, ganhou o prêmio de melhor beijo na premiação MTV Movie Awards, em 2000. Claro, não celebra o ápice do romance, mas fica preso na mente dos espectadores como um dos momentos mais memoráveis do filme (empatado, talvez, com Reese Whiterspoon no conversível ao som de “Bitter Sweet Symphony”, na última cena).
Robert Schwartzman e Anne Hathaway em “O Diário da Princesa” (2001), de Garry Marshall
A própria Mia Thermopolis (Anne Hathaway) fala que, em filmes antigos, toda vez que rola um beijo sério, a garota levanta o pé para cima. Dito e feito: quando ela finalmente beija o garoto de seus sonhos Michael (Robert Schwartzman), o seu saltinho branco pula como se fosse uma estrela do Old Hollywood. Assim como a narrativa do longa em que uma plebeia se transforma em uma princesa do dia para a noite, o momento é o verdadeiro final de conto de fadas – mesmo que Schwartzman seja trocado por Chris Pine no próximo filme (não estamos reclamando!).
Ashton Sanders e Jharrel Jerome em “Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)”, de Barry Jenkins
O ganhador do Oscar de 2017 de melhor filme é, principalmente, sobre aceitação. O momento em que Chiron (Ashton Sanders) beija Kevin (Jharrel Jerome) é um de clareza, que o ajuda a aceitar quem ele é em sua jornada de encontrar ao amor-próprio. Além disso, mostra dois meninos pretos que desafiam aquilo que é esperado por eles de um mundo heteronormativo – o que é, infelizmente, até hoje inovador para o audiovisual mainstream. Um filme como esse, que traz questionamentos às noções tradicionais de masculinidade, sexualidade e raça, é muito importante ser celebrado e lembrado.
George Peppard e Audrey Hepburn em “Bonequinha de Luxo” (1961), de Blake Edwards
Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma mulher moderna que não tem tempo para trivialidades como o amor. O seu novo vizinho, Paul Varjak (George Peppard), muda isso. O momento em que a protagonista está surtando com o sumiço do seu gato (que, ironicamente, se chama Gato) e sai na chuva procurando-o demonstra que, no final das contas, Holly tem, sim, sentimentos, mesmo que faça de tudo para escondê-los. Daí, sai o que talvez seja o beijo mais melodramático do audiovisual – e é aí que a personagem de Audrey Hepburn perde o medo de amar e ser amada.
Ryan Gosling e Rachel McAdams em “Diário de uma Paixão” (2004), de Nick Cassavetes
Mais um beijo na chuva porque esses são sempre os mais dramáticos, e quem não ama uma certa quantidade de drama em nossas vidas? Além disso, foi durante esse beijo que todo mundo se apaixonou perdidamente por Ryan Gosling e o transformou em galã para o resto da vida. Mais um vencedor do MTV Movie Awards de Melhor Beijo, a cena em que a personagem de Rachel McAdams pula no colo de seu amado e lhe dá um beijo, é quase tão romântico que fica até cafona – mas amamos de qualquer maneira!
Demi Moore e Patrick Swayze em “Ghost – Do Outro Lado da Vida” (1990), de Jerry Zucker
Por mais que os efeitos utilizados em “Ghost – Do Outro Lado da Vida” estejam ultrapassados para os padrões de hoje em dia, a cena em que Sam (Patrick Swayze) e Molly (Demi Moore) conseguem se conectar fisicamente e expressar seu amor mútuo após a morte prematura dele, ainda é um momento lindo e icônico do audiovisual. Até os dias atuais, o beijo se mostra um símbolo do poder do amor diante de obstáculos trágicos e duradouros da vida e merece seu lugar na história do cinema.
Heath Ledger e Jake Gyllenhaal em “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), de Ang Lee
O beijo compartilhado pelos dois amantes Ennis del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal) após anos sem se verem, é de roer as unhas, já que não só é observado pelos espectadores como também pela esposa de Ennis, Alma (Michelle Williams). O filme trágico é um que só de pensar traz um aperto para o coração, mas a expressão agoniante de amor e de desejo dos protagonistas naquela cena faz com que a história fique para sempre na memória dos amantes de cinema.
Rooney Mara e Cate Blanchett em “Carol” (2015), de Todd Haynes
Situado nos anos 1950, “Carol” conta a história de duas mulheres que se apaixonam durante um tempo em que a homossexualidade não era vista com bons olhos. Ao invés de tratar do assunto de maneira agressiva, o filme trás uma narrativa delicada sobre um casal que está disposto a arriscar tudo – uma pela outra. Pela atuação impecável de Rooney Mara e Cate Blanchett, o beijo é retratado com ternura, além de ser uma cena lindamente dirigida, que captura a intensidade e a intimidade necessária para o momento.
Mathieu Kassovitz e Audrey Tautou em “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001), de Jean-Pierre Jeunet
O filme francês “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” celebra a vida como algo que sempre traz novidades a serem exploradas. A protagonista, por si só, merecidamente virou um marco no cinema por sua personalidade peculiar e espirituosa. Durante toda a narrativa, vemos Amélie (Audrey Tautou) fugindo (e, ao mesmo tempo, querendo se aproximar) de Nino (Mathieu Kassovitz) por temer se deixar vencer ao medo de se expor ao mundo. O momento do esperado beijo é adorável e silencioso – os dois vão dando diversos selinhos no rosto um do outro até suas bocas se encontrarem.